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O Imaginário como Fundação da Realidade

  • Foto do escritor: Sandra Castro
    Sandra Castro
  • 21 de jun.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jun.

Neste artigo provocador, Sandra de Pádua Castro convida o leitor a atravessar a fronteira tênue — e muitas vezes ilusória — entre realidade e ficção. Amparada pelos estudos de Wolfgang Iser, Castoriadis e outros pensadores do simbólico, a autora propõe um olhar revolucionário: o mundo não é algo dado, mas construído — pelo imaginário, pela linguagem, pela leitura que fazemos de cada situação.

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A partir de uma crítica à tradição racionalista ocidental, que relegou a ficção ao campo da ilusão e da inutilidade, Sandra resgata a potência formadora do imaginário. A realidade, ela nos mostra, não é um fato bruto, mas um tecido simbólico, constantemente editado por nossos atos de fingir, sonhar e narrar.


A ficção, então, não copia o mundo — ela o recria. E é nesse movimento que se tornam possíveis transformações subjetivas, culturais e até políticas. Ao escrever e ao ler, inauguramos sentidos. Ao imaginar, rompemos o já dado e abrimos frestas para aquilo que ainda não é — mas pode vir a ser.


Com maestria conceitual e linguagem poética, Sandra defende a leitura como ato de resistência contra realidades estanques. O texto ficcional não apenas revela o que está oculto, mas possibilita que o leitor se reformule a si mesmo ao tocar o não-dito. A ficção, como diria Barthes, é um convite à “Babel feliz”: um lugar onde a multiplicidade de sentidos não é ruído, mas música.


Ao final, Sandra reafirma um compromisso ético com a leitura literária e com a psicanálise como prática de liberdade. Num mundo controlado por discursos, é no imaginário que podemos encontrar as brechas por onde ainda passa o vento.




 
 
 

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©2025 - Por Sandra de Pádua Castro, Psicanalista - Phd.

Registro na Associação Brasileira de Psicanálise: CRPsi 3.6.003

Belo Horizonte - MG

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